quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Zyuohger : Impressões



Hoje assisti o segundo episódio de Doubutsu Sentai Zyuohger e agora já me sinto confiante para dar minhas impressões sobre o seriado, já que os primeiros episódios costumam ser apenas introdutórios. Bem, em se tratando do 40° sentai da franquia esperava algo não muito parecido com o anterior, Shuriken Sentai Ninninger, uma grande flopada por sinal, e em Zyuohger muita coisa me fez lembrá-lo, seja no visual do Yamato (Zyuoh Eagle), seja no encerramento coreografado, e mesmo nas bizarrices, humor pastelão e no infantilismo exagerado já recorrente nas últimas produções. Todos sabemos que o gênero se dedica especialmente às crianças, mas com toda sinceridade não acredito que para ser uma produção infantil precisa necessariamente ser boba. Uma história diferente com um roteiro preocupado em transmitir boas lições e emocionar o público alvo por anos e anos, até mesmo se eternizando em boas lembranças de tempos passados, como os tokusatsus dos anos 80/90 fizeram com todos nós, deveria ser a missão dessa série comemorativa de 40 anos, só que aparentemente não trouxeram nada de especial, nem mesmo o visual dos heróis, que mais parece um sentai chinês de tão simples. Já teve não só sentais, mas vários tokusatsus muito bons e nada tão tatibitati. Podiam ao menos dar uma roupagem mais refinada, tal como Go- Busters. O fato dos heróis serem alienígenas animalizados, com excessão de Yamato, não me incomodou, apesar de achar que, antes de adotarem formas humanas, o fato de usarem capacetes não caiu nada bem, mas até aí beleza. Nem mesmo o visual do robô, um misto de Lego com Minecraft, talvez uma escolha até interessante levando em conta o objetivo de gerar identificação com a garotada de hoje em dia. Os tempos são outros, é verdade, mas porque não adicionar itens originais, abandonar a ideia de que a comédia pastelão é o tom infantil ideal para conquistar o público almejado, apresentar um universo cativo de super heróis para aqueles que os estão descobrindo, em vez de repetir a afetação exagerada e sem próposito de Ninninger, até mesmo sabendo que não foi uma boa escolha, o que é uma pena, pois o visual dos heróis era bom, ou a Toei  company não se preocupa mais com a audiência dos seus produtos em seu país de origem? Podiam, ao menos, manter o ritmo e o estilo de ToQger, já que a ideia é não inovar e repetir clichês passados. Continuarei assistindo o seriado, des de já torcendo para que não o deixem ir ralo abaixo como fizeram com Ninninger, que trabalhem mais os personagens, os vilões, as histórias, e diminuam certos comportamentos e situações espevitadas que não acrescentam em nada. E que de alguma forma busquem gerar identificação com o pessoal que os assiste, não tanto pelo visual, como também pela história, motivações, comportamento e atitudes dos personagens.