Toy Story 4 pode ter sido um bom
filme, deixando pontas soltas para continuações, mas uma coisa me incomodou na
história. Ainda no terceiro filme, Andy tinha vontade de doar seus brinquedos
antigos e guardar com ele o seu favorito, aquele que o acompanhou por praticamente
toda sua vida, o caubói Woody. Seria para ele então como um amuleto, ia
acompanhá-lo por toda sua vida, não que ele ainda brincasse, mas iria guardar
com todo carinho como uma doce lembrança da infância, muitos adultos ainda tem
guardado uma ou outra coisa para se recordar de momentos queridos. Porém, por
força do destino, Woody foi parar na caixa de brinquedos que iria doar para a
menina Bonnie, que, por capricho de criança, acaba ficando com ele e Andy não
resistiu ao doá-lo, pedindo para que, ao menos, a menininha cuidasse dele
direitinho. Acontece que a menina não gostava muito de Woody, preferia os
outros brinquedos, inclusive brinquedos que ela mesma criava com objetos
encontrados em lixeiras, e o boneco caubói foi cada vez mais deixado para trás.
Até que ele se reencontra com a boneca Bo Peep há anos doada por Andy, e depois
de muitas aventuras o casal de brinquedos acaba decidindo embarcar numa jornada
pelo mundo, tornando-se assim independentes, sem uma criança que os controlassem.
E assim os dois bonecos ficam por aí, vagando sem dono, sem sequer Bonnie ter
dado pela falta de Woody. Fico imaginando se Andy fica sabendo que Bonnie
perdeu o brinquedo sem se dar conta disso, o desapontamento que o rapaz teria
pela desfeita. Woody podia muito bem acompanhar o rapaz por essa incursão ao
mundo adulto, o próprio xerife de brinquedo preferiria isso. Resta torcer para
que numa eventual sequencia, Woody e seu antigo dono se encontrem novamente, e
o jovem possa enfim ficar com o boneco novamente, deixando a mensagem de que
adultos também tem apreço aos brinquedos. É só lembrar dos colecionadores,
como o Al do segundo filme.
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