domingo, 21 de novembro de 2021

Kawaii Metal - O melhor do metal japonês

 


Dizem que o rock morreu na primeira década do século, pelo menos aqui no Brasil. Quanto ao resto do mundo eu não sei, mas talvez a situação seja a mesma, nunca mais conheci algo de relevante nesse estilo musical. Posso dizer, seguramente, que parei no tempo, minhas bandas preferidas são sempre as mesmas, de repente apenas me tornei um tiozinho desinteressado que não se impressiona com mais nada. O que foge à regra é uma novidade que não passou despercebida a meus olhos, um estilo diferenciado, produzido lá no Japão (sempre eles a ditar moda), o Kawaii Metal. Kawaii, que numa tradução literal quer dizer algo como fofinho, cute, somado com o estilo trevoso e pesado do metal forma uma combinação contraditória, com garotinhas pubescentes de vozes agudas e guitarras distorcidas e batidas nervosas, com direito a coreografias e modelitos infantis, dando impressão, a cada clipe, se tratar de umas Chiquititas da deep web. Gosto de inovação e, tendo a mente aberta, acolhi a novidade com boa vontade e me dei a chance de ouvir Baby Metal, primeira banda do gênero a se ter notícia aqui no ocidente, quem sabe essa variação do rock pesado japonês seja a reciclagem musical que estávamos precisando? Me surpreendi com algumas faixas do disco de estreia do grupo, a começar pelo principal hit Gimme Chocolate, e descobri que, de repente, nem era tão metal assim. Músicas simplesmente dançantes, ideais para correr ou malhar, outras bem chatas e caidinhas, talvez o clima sombrio de certas composições e de outras de instrumental arrastado e farofa pudesse fazer render o rótulo de metal, se bem que sou desses tantos que não se prendem a rótulos, e quem sabe por essa razão eu não classificasse Baby Metal como outro estilo além de uma genuína invenção contemporânea do rock japonês. Porém, marketing é tudo, pode ter sido fundamental para o sucesso internacional da banda se vender desse jeito.

Baby Metal, no entanto, não é mais tão novidade assim. As vocalistas (agora duas apenas, sendo que uma delas, a Yuimetal, deixou o grupo em 2018) Su-metal e Moametal já não são mais adolescentes, mas continuam a ser o lucro da banda. Se você não é fan vai saber bem pouco ou quase nada dos músicos por trás das cantoras, já que não são nem de longe tão importantes quanto elas. Recentemente o grupo lançou o disco duplo Baby Metal Budokan, de músicas ao vivo, e é bastante cultuado pelo meio otaku afora, e como vivemos tempos diferentes é bem menos hateada pela galera do metal pesado como seria antigamente. Confesso que depois do primeiro disco fui me interessando cada vez menos pela banda. O hit Awadama Fever, do segundo disco Metal Resistance, até me despertou uma atençãozinha, mas os outros trabalhos, incluindo aí músicas elogiadas pela mídia especializada, não me agradaram mais.

 




Outras bandas de Kawaii Metal

 

Pouco tempo depois de conhecer Baby Metal descobri outra banda do gênero, dessa vez bem menos dark e mais colorido e alegre, chamada Lady Baby. Também composta por um trio, mas em vez de três garotas, eram duas garotas e um homem feito, o tal de Lady Beard, sem dúvida o destaque da banda, por seu jeito próprio de dançar, se comportar e se vestir como se também fosse uma garotinha. Apesar de gigante é uma figura cute, o que destoa é seu vocal gutural que fazia toda diferença para a banda poder se denominar metal. Porém Lady Beard não ficou muito tempo, apenas o suficiente para seguir carreira com outros grupos, mantendo autonomia sobre seu nome e imagem, que, além de tudo, não era oriental e exibia excelente forma física de lutador de Luta Livre.




A saída de Ladybeard ajudou a acabar com a imagem alegre e cômica da banda, isso somada ao fim da adolescência das outras duas cantoras. Hoje o grupo conta com outras integrantes, às vezes até tentam acrescentar um vocal gutural como nos velhos tempos com Ladybeard. Acontece é que a banda acabou se tornando qualquer coisa menos Kawaii Metal, está mais para J-pop mesmo.


 




Death Rabbits (Desurabbits)

A partir de Lady Baby passei a notar certo novo padrão nas bandas Kawaii Metal; duas ou três meninas e um ´´mascote``, uma figura peculiar masculina que destoa das demais integrantes. No caso de agora, o Bucho (personagem de Akira Kanzaki, fundador da banda), um personagem obscuro com toda pinta de vilão de seriado sci-fi. Desse grupo eu amei as meninas, todas elas muito fofas, as danças parecem fazer sentido para mim, mas o aspecto dark da paleta de cores da faixa Nande (minha favorita) somado a outros elementos bizarros da banda, a começar pelo nome, deixa cada vez mais uma cara de ´´Chiquititas ao reverso``. De todas as bandas que citei essa é a menos metal. Se eu tivesse que fazer uma definição eu diria algo como... rock japonês para meninas. A própria voz de Bucho em nada tem a ver com metal, mas está sempre presente de alguma forma nas músicas, dividindo espaço com as três garotas. Um detalhe interessante é que, em se tratando de letra, é o que menos importa, dada a dificuldade e a falta de interesse para com o idioma japonês.






Kawaii Brasileiro: Tudo que faz sucesso gera imitação, portanto não era difícil imaginar que um ou outro grupo de garotas pubescentes fosse aparecer por aí aproveitando-se da onda kawaii, ainda mais numa época em que o empoderamento feminino está em alta. O difícil mesmo é reconhecer o estilo em sua sonoridade apenas, sendo o idioma japonês tão característico. Foi o que aconteceu com Três Evas, uma espécie de cosplay de baby Metal. As meninas, todas elas uma graça, insistiam a todo custo copiar a banda japonesa, seja em coreografias mal trabalhadas e no figurino saia de tule e jaquetinha fake de fantasia improvisada. O vocal das meninas até que não era ruim e o instrumental surpreendentemente era bom, difícil era imaginar como esse pessoal todo se juntou, pois diferente do kawaii metal tradicional onde se conta com profissionalismo e toda uma grande estrutura comercial, aqui no Brasil ´´roqueiros da pesada`` não se misturam com menininhas. De certo uma delas era filha de um músico, vai saber. Enfim, o grupo teve vida curta, lançou apenas três músicas e foi pouco divulgado, fazendo pequenas aparições em eventos otakus do Rio de Janeiro, sua cidade natal. Permanece até hoje como sendo a única banda brasileira de kawaii metal, mas não é difícil aceitar se pensarmos que era uma modinha adolescente e que meninas, desde sempre, crescem rápido. Faltou alguma coisa? Claro que sim, um bom empresário, mais investimento no figurino e fotos de divulgação mais caprichada. Apesar de tudo consigo achar a banda um projeto positivo. Nesssa época em que é difícil conhecer música de qualidade e os adolescentes cantam lixo como ´´... ela quer p@u, p@u ...``, encontrar cantando rock e lançando clipes em que se dispõem a entrar em rodas punk, lembrando se tratar de meninas... me parece muita coisa. E coisa boa.


Três Evas




Mas aí eu volto a outra questão; por que definir-se então como kawaii metal, se nem é metal de fato, tampouco japonês? Por que imitar os figurinos das bandas japonesas? Por que não aproveitar o momento em que as mulheres tem voz mais ativa e as meninas já não são mais tão frágeis para se lançarem no meio mais pesado do rock, usando e abusando de mensagens e simbologias, tendo o kawaii apenas como ponto de partida? Fica então a dica. Torço para que essas moças, ao olharem para o passado, tenham em mente que participaram de um projeto que poderia ter mais força do que imaginavam.

 

Conclusão: As bandas que citei foram apenas as que mais gostei, existe uma infinidade no Japão. Algumas arrisco a dizer que de metal só mesmo o nome, mas quem sou eu para desmerecer tal título? Enfim, só não digo que é uma boa variação porque poucas músicas me agradaram de fato, mas de longe é bem melhor ver os jovens curtindo essa inovação do rock japonês do que os superestimados mcs daqui. Mas se você já não é mais tão jovem, nem mesmo um otaku, vai ser difícil ouvir falar, talvez vez ou outra em canais de metal, ou mesmo por memes de Facebook. De repente você até já viu uma imagem do Lady Beard e ficou sem saber de onde veio essa figura.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Xuxa – Amor Estranho Amor: Muito barulho por nada



Quando eu era moleque era normal ouvir falar que a Xuxa, a tão famosa ´´Rainha dos baixinhos``, tinha feito um filme pornográfico. Para muitos, não passava de lenda disseminada por línguas invejosas e destrutivas, lembrando que eram os anos 90, época em que vivíamos de boa sem internet e muita coisa ficava sem provas. Eu era um desses que não acreditava, achava difícil imaginar a loura se prestando a esse papel, mesmo antes da fama. O que diziam por aí é que a Rainha dos Baixinhos, depois de ter ficado famosa, tinha decidido apagar seu passado obscuro e para isso desembolsou uma grana para tirar todas as cópias do mercado do filme em que aparecia fazendo sexo com um garoto de 14 anos, mas alguns espertalhões que ainda detinham o material divulgavam por aí de maneira clandestina.

Eis que na primeira metade dos anos 2000, já com o poder da internet em mãos, finalmente pude ter acesso ao material, ao menos uma parte. Era uma cena decepcionante, longe do que diziam as línguas ferinas nos anos 90. Na cena em questão Xuxa aparecia vestida de pelúcia dentro do que parecia ser uma caixa, e um adolescente não parava de encará-la. Percebendo isso, a musa chama o garoto de maneira sedutora e inicia um diálogo no melhor estilo predador e vítima inocente. Ela explica que vai ser dada de presente para um homem muito rico e pergunta se o rapaz não estaria sentindo desejo por ela. Seduzindo-o, a Rainha oferece o seio para acariciar, e o jovem, virgem e bobo, se contenta em ficar passando a mão por sua mama. A cena se resume apenas a isso, e acredito ter sido decepcionante não só para mim, como para muita gente que estava esperando coisas mais explícitas, apesar do teor realmente pedófilo.

Só que não parou por aí. Essa cena que viralizou é um recorte muito pequeno do filme, que pode ser encontrado com facilidade pela internet afora. Trata-se de uma pornochanchada do começo dos anos 80 chamada Amor Estranho Amor, e Maria da Graça Xuxa Meneghel não é a atriz principal, e sim Vera Fischer, contando também com participações de nomes como Tarcísio Meira, Mauro Mendonça, Otávio Augusto e Rubens Ewald Filho.

Ambientada em 1937 às vésperas do golpe de estado no qual o então presidente
Getúlio Vargas institui o Estado Novo (a Terceira República Brasileira), a trama apresenta já no início o jovem Hugo (personagem de Marcelo Ribeiro) sendo deixado pela mãe aos cuidados da personagem de Vera Fischer, dona de um bordel no qual acolhe o adolescente. O então desorientado rapaz acaba se aproximando de uma prostituta do local, personagem de Xuxa Meneghel, e com ela acaba perdendo a virgindade. Quem assistiu ao filme sabe que a primeira cena divulgada é coisa pouca comparada com o que vem a seguir; o casal chega a fazer sexo de fato, claro que tudo não passa de uma encenação, nada real. A musa dos baixinhos rendeu também ótimas cenas solo, danças sensuais, e sua atuação não deixa nada a desejar entre os nomes da dramaturgia nacional que participaram do longa.

Resumo da ópera, a glamourosa Rainha dos Baixinhos apanhou bastante por anos a fio, e praticamente por nada. Não se tratava de produção pornográfica e não esteve envolvida em nenhuma ação real de pedofilia, era simplesmente mais um filme entre o gigantesco acervo da pornochanchada brasileira. Meramente uma ficção. Por que não citar os outros atores também? Por que, em outro exemplo, não colocaram na cruz Marília Pêra por ter encenado momentos libidinosos com um garoto de dez anos em Pixote, A Lei do mais Fraco? Por mais que saibamos a resposta, pois são atores há longos anos e sempre participaram de produções do gênero, não artistas de imagem vinculada às crianças, é difícil não se indignar. Existem outros filmes com a loura antes da fama de Rainha dos Baixinhos, é só procurar. Antes dos programas infantis a loura se aventurava em áreas como a da atuação, e no momento que nosso Brasil passava eram produções como essa que rendiam bom faturamento. Ela simplesmente ia aceitando os papéis que lhe eram oferecidos. Entendamos também que no ano de produção de Amor Estranho Amor a musa estava recém saindo da adolescência. Por pouco era uma baixinha também.



domingo, 7 de novembro de 2021

Esse Filme é Para Criancinha


Tem uma frase que me irrita toda vez que escuto depois de criticar uma animação ou o final de um filme infantil; ´´Esse filme é para criancinha``. A pessoa que diz isso simplesmente justifica o fato de o produto ser uma total porcaria simplesmente por ter sido direcionado ao público infantil. Como se crianças precisassem gostar de coisas idiotas ou fossem elas mesmas idiotas. O Indivíduo que subestima as crianças, ou não teve infância ou não lembra mais dela, ou pior, acredita que a geração atual é de pessoas de menor inteligência, o que culminaria em um futuro não muito próspero para a humanidade, afinal, a criança de hoje é o adulto de amanhã. Você consegue se lembrar de quando era pequeno, os programas que gostava de assistir e os heróis que queria ser? E agora eu pergunto, você diria que hoje, ao revisitar essas criações, são coisas idiotas, fúteis ou sem conteúdo? Pois eu diria que não, o que consumimos na infância e que tanto contribuiu para nossa maturidade como indivíduos, moldando nosso caráter e nos influenciando em atitudes positivas não merece ser considerado como tal. Claro que se você for uma pessoa do bem.

Fator nostalgia: ver com olhos adultos algo que tanto o encantou na infância é complexo. Pode não parecer mais tão fascinante assim, provavelmente não vai mexer com você da mesma maneira. Acredite, isso acontece. Mas isso não quer dizer que você vá negar toda a importância histórica para sua vida, o ser humano é sensível e fiel às suas boas experiências, não fosse assim, deveríamos nos preocupar. Devemos nos atentar a que, enquanto adultos, enxergamos nuances que não percebíamos quando crianças. Mesmo assim, não podemos nos deixar cegar pela nostalgia a ponto de considerarmos obras atuais sem o seu devido mérito para conquistar novas gerações, pois daí vem o preconceito e o descaso, o que leva a achar tudo inferior. Mas será que, com toda sinceridade, as obras atuais infantis no campo da animação, cinema e outras mídias têm tanta profundidade como, por exemplo, filmes como O Mágico de Oz e A Fantástica Fábrica de Chocolate, repletos de mensagens boas e lições de moral, sem deixar de ser bem divertidos? É o tipo de produção que reúne pais e filhos, os chamados ´´filmes família`` que faz questão de lembrar que todos nós fomos ou somos crianças, rendendo bons assuntos mesmo entre pais e filhos e mestres e alunos. Que não envelhece nunca, e se formos espertos devemos temer a ´´reciclagem`` desse material.




Por essa razão é triste e preocupante ver com o olhar de um adulto que teve o privilégio de conhecer boas produções de entretenimento, obras vazias, sem mensagens, super estimadas pelo poder de viralização e de produções baratas, feitas por estúdios caça-níquel. Pode ser divertido para uma criança, mas a longo prazo nada ou muito pouco têm a oferecer, adulto que somos percebemos isso. Só querem lucrar com seu filho, fazendo muito pouco. É triste, mas estamos em uma geração que lê pouco, o que impera são jogos eletrônicos cada vez menores nas mãos de crianças de concentração de peixinhos dourados, que chegam na adolescência cada vez mais cedo e saem cada vez mais tarde. Videogames que nem precisa ser o mesmo que estávamos acostumados décadas atrás, pois qualquer aplicativo simplório cumpre essa função. O que então fornecer a essas crianças e lucrar com elas? É o que pensa as grandes corporações.

Antes, a produção de qualquer material infantil não podia ser idealizada por uma pessoa qualquer, e sim por artistas de verdade, que conheciam bem esse universo. Será que um dia teremos novos autores que representam pessoas de diferentes idades, como Ziraldo, e autores de obras atemporais como um Monteiro Lobato? Ou ao menos obras que acompanham o processo evolutivo de uma pessoa desde a tenra idade, tornando-se assim um entretenimento inteligente para toda a família? O que vemos por aí são sempre os mesmos, e com isso eles são cada vez mais importantes, pois são tudo que temos.

A triste conclusão que tenho é que dispomos de boas opções limitadas para os pequenos. De resto, temos aos montes. Tentar se ajustar ao que hoje é tendência é desonroso artisticamente, como o que faz Maurício de Souza, personalidade importantíssima para a cultura de nosso país, com sua tendenciosa série de gibis Turma da Mônica Jovem. Mas, como é o dinheiro que move o mundo, é mais que compreensível.


quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Rio de Nojeira – O melhor canal de pivetes do Youtube

 


Quem é carioca ou já morou no Rio de Janeiro sabe que a vida por lá não é exatamente fácil. No Centro da cidade quem não é esperto fica à mercê de pivetes (trombadinhas, se não estiver por dentro da gíria local), que são bons de fuga e não perdem a chance de tirar vantagem. Pensando nisso um morador local, da janela do prédio onde mora ou trabalha, faz vídeo em forma de denúncia para as autoridades, o governador do estado ou para quem quer que seja que possa vir a tomar uma providência, ou mesmo alertar as pessoas das ações da delinquência dos moradores de rua. É um problema social, óbvio, o buraco é mais embaixo e soluções precisam ser encontradas, com certeza não é tão simples como gostaríamos, mas é preciso divulgar as ações desses menores, evitando assim grandes problemas. São situações tristes, deploráveis, algumas provocam muita revolta, coisas como furtos, roubos, assaltos, uso de drogas ilícitas, ameaças, perturbação da paz, delitos, situações insalubres e mesmo brigas entre eles, tudo isso postado no canal oficial Rio de Nojeira, que faz uso de trocadilho entre o nome da cidade e as situações que revelam a podridão de parte dela. O canal está tanto tempo captando flagrantes que os moradores de rua até já sabem onde fica a janela onde o youtuber  costuma gravar, não é difícil encontrar imagens de eles olhando debochando e fazendo ameaças para a câmera, por essa razão o youtuber costuma, como forma de segurança, gravar usando uma máscara do serial killer do filme Pânico, ocultando sua identidade.

O canal já foi deletado algumas vezes, ressurgiu e foram criadas várias outras cópias de outros usuários, utilizando o mesmo nome, mas no fim isso acaba não importando para nós espectadores, pois os arquivos costumam serem sempre os mesmos, os vídeos viralizam e nunca se perdem com o tempo, inclusive sempre aparece um novo que infelizmente vem a provar que o tempo nada resolve. Como nós brasileiros costumamos levar tudo na brincadeira, esses vídeos não tardam a se tornar memes ou montagens engraçadas, como abertura de animes e versões de jogos de videogame, tudo acompanhado de trilhas sonoras engraçadas e familiares aos usuários do Youtube, que conseguem até arrancar boas risadas.

Sabemos que os vídeos ainda vão se espalhar muito por aí, como forma de comédia ou protesto, outras pessoas vão querer seguir a fórmula do canal e podemos achar tudo ok. O problema mesmo é se tudo não vai passar de uma grande piada e se perder o propósito de denúncia social, o que infelizmente é o mais provável de acontecer.