quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Hermie Hopperhead - Um jogo obscuro (e Bom) para Playstation one

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Hermie Hopperhead: Scrap Panic é sim um jogo obscuro, por mais que seja fofinho e difícil de imaginar o porquê. Eu mesmo tive uma experiência pouco convencional com esse jogo, acho que foi o único que joguei antes de ter um Play one e continuei sem jogar mesmo depois de adquirir um, sendo que este foi um dos jogos que me fez ter vontade de comprar o videogame, mas não achava o bendito de jeito nenhum. Só consegui jogar esse ano e graças ao emulador e rom baixados (a rom, aliás, também não foi tão fácil achar). Mas como disse antes, apesar de bem pouco conhecido, não quer dizer que seja ruim. Difícil sim, mas ruim jamais. O que me faz achar esse jogo sofrido em alguns aspectos? Me acompanhe:

O gráfico não é nada que se diga ´´Nossa, que maravilha!``, mas é bem feito, mesmo porque é fofinho, só que não é 3D, lembra um jogo de plataforma qualquer como Mario e Sonic. Talvez por ser um dos primeiros a ser lançado para Playstation, ainda em 95,  o jogo não teve projeção mundial, sendo lançado apenas no Japão pela produtora Yuke´s, por ter características e limitações dos consoles de gerações anteriores. A Sony acreditava que o Playstation poderia lançar jogos melhores se fossem menos modestos e se esforçassem mais, e isso é uma pena, pois não veremos continuações, e o curioso é que nunca mais tentaram mexer no jogo inventando alguma coisa diferente, com a qualidade dos padrões atuais de videogame. Mas é difícil para quem nem sabe do que o jogo se trata tentar imaginar versões remodeladas, né? Esqueço que quase ninguém conhece Hermie Hopperhead. Bom, então vamos por partes: A começar, de modesto o jogo não tem quase nada. O herói é um palhacinho... não, um menininho de lindos dreads vermelhos que a princípio a gente acha que é um visual ´´fofinho, rebelde e estiloso`` do menino, até perceber, já no final, que aparentemente as pessoas do mundo que ele vive são assim, a namorada dele é igualzinha a ele. A aventura começa quando Hermie está esperando a namorada no lugar combinado, quando ovos de bichos desconhecidos surgem atraindo sua atenção. Um ovo pula para o interior de uma lata de lixo o levando junto, e o garoto vai parar em um mundo tóxico lixoso, alguma coisa assim, nossa compreensão é prejudicada pelas legendas únicas e exclusivas em japonês, mas dá para entender que os vilões são criaturas geradas pela poluição, como tênis velhos, pneus, latas vazias, isqueiros, bateria descarregada e ventiladores descartados, tudo bem deteriorado. De vez em sempre nosso herói vai encontrando pelo caminho ovos como os que encontrou no início de sua jornada, e eles o seguem pelas fases, saltitantes e bem cutis, com pernas e braços, estampados e coloridos. Hermie também vai coletando estrelas por onde passa e elas podem lhe garantir sobrevidas depois de tomar dano, dependendo da quantidade de estrelinhas acumuladas, o equivalente às argolinhas do Sonic, por exemplo. Os ovinhos também ajudam Hermie como podem, seja matando os inimigos, seja formando uma espécie de roda gigante para auxiliar nosso herói nas subidas, e até mesmo coletando estrelas. Eu fui burro o suficiente para só perceber um certo tempo depois que distribuindo as estrelas entre os ovinhos, a cada 100 recebidas, um deles ´´choca`` e vira um bicho diferente. A maioria dos bichinhos são pinguins (ovos azuis), mas também tem tartaruga (verde) e galinha (amarelo). Fiquei sabendo depois que existe uma possível ´´evolução Pokemon/ Digimon`` ao distribuir maiores quantidades de estrelas para os bichinhos já chocados, mas já era tarde, eu praticamente tinha finalizado o jogo. Só sei que todos aqueles bichinhos saltitando na tela acompanhando nosso herói deixa tudo mais alegre e colorido... e também causa uma confusão danada, misturando-se com os inimigos e deixando a gente

sem saber quem vai te atacar ou te ajudar. 
E é por tanta cor e fofura que Hermie Hopperhead: Scrap

Panic merecia ter um lugar de respeito tanto no coração das crianças como de gamers clássicos nostálgicos e saudosistas como a gente. Eu já estava esquecendo de seus pontos fracos, então vamos lá: Para começar, o jogo é grande. Aliás, grande não, gigante. As fases são longas e os mundos parecem que não vão acabar nunca. Não ouso comparar com Super Mario World por duas razões: Primeira, Hermie não tem a quantidade de atalhos e caminhos alternativos que o jogo do Mario oferece. E segunda, nem de longe Mario World pode se comparar a nível de dificuldade com Hermie Hopperhead, que só consegui zerar usando e abusando dos saves sem nenhum remorso, afinal, esse jogo implorava por essa apelação. Se escapei de passar raiva jogando esse jogo em um console? Talvez. O mais provável é que eu teria desistido de finalizá-lo. Além disso, a trilha sonora é repetitiva, são sempre as mesmas BGM´s independente da fase. As musiquinhas até que são legais, mas chega um momento que começam a irritar, parece que os compositores foram mal pagos ou estavam sem inspiração.





Conclusão: Hermie Hopperhead: Scrap Panic é cheio de qualidades e defeitos, porém, as qualidades se sobrepõem. Eu daria outra chance ao jogo, enxugando os excessos e equilibrando os desafios. O protagonista é tão interessante que chega a ser um desperdício não o aproveitarem devidamente. Até hoje me divirto lembrando da época que eu procurava esse jogo feito louco nos camelódromos da Uruguaiana, isso em 2004/ 2005, e os camelôs que sequer ouviram citação desse jogo o confundiam com Hermes e Renato, vê se pode. 



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