segunda-feira, 29 de julho de 2019

O REI LEÃO E A TÃO CRITICADA EXPRESSÃO FACIAL

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O remake de O Rei Leão se saiu a melhor versão ´´live action`` (na verdade, também uma animação, embora mais realista) da Disney já feita até então, chegando inclusive a compensar o fiasco de Dumbo em se tratando de filmes com bichinhos cutis. Do início ao fim é tudo bem fiel à versão original de 1994, mas não é dinheiro jogado fora, pois nos apresenta uma nova ótica dos mesmos personagens, jamais imaginávamos os personagens tão fofinhos assim, assistir no cinema foi praticamente uma redescoberta do clássico. A próxima adaptação da Disney vai ser Mulan, mas não estou nada empolgado, o que eu queria ver era Bambi, ou quem sabe até mesmo O Corcunda de Notre Dame. Mas o interessante é saber que as versões atuais estão atingindo a todo tipo de público, homens, mulheres e crianças, embora talvez as crianças de hoje já não se emocionem como as que éramos ao assistir a versão de 94. Mesmo assim tem uns chatos que reclamaram do realismo do filme, desejando que os personagens fizessem caras e bocas com feições cartunescas. Realmente tem pessoas que não ficam satisfeitas com nada. E o que dizer para elas então?



Bom, a reclamação mais recorrente é que os personagens ficaram tão realistas, que botá-los falando soou um tanto quanto artificial, já que suas expressões e os movimentos da boca não acompanhavam as emoções que eram exigidas no que estava sendo dito. E que ficava lembrando uma dublagem tosca feita para um meme de bichos, desses que a gente encontra pelo Facebook. Outros diziam que o que buscavam na verdade era assistir a uma boa fábula, uma animação genuína da Disney, e não alguma coisa que lembre um programa que passa no Animal Planet (o que também é bem fofo por sinal). Mas os Zé Ruelas não entenderam que a proposta do filme é exatamente essa. O próprio diretor Jon Favreau dizia que o objetivo era se distanciar do realismo nada convincente da adaptação com atores de Mogli: o Menino Lobo, e que, afinal de contas, é tudo fantasia, pois O Rei Leão está longe de representar a realidade dos animais da savana. Vamos deixar os animais se comunicarem do jeito que mais lhe é pertinente. Quer um exemplo de falta de expressividade e de emoção facial em dublagens? Assista ao comercial da FIAT acima, esse sim bem perdidinho no vale da estranheza. 

Resultado de imagem para 101 Dálmatas filme

Ainda quer falar sobre falta de expressividade em momentos marcantes? Quando eu era criança lembro de ter achado o casal de dálmatas de 101 Dálmatas igualmente inexpressivos, principalmente na cena do rapto dos filhotes, onde imaginava-se que entrariam em desespero. Mas os dois cachorros permaneciam com a mesma cara despreocupada e fofinha. Bem, mas aí devemos saber que os animais eram de verdade, seria difícil provocar-lhes alterações em suas expressões, e não existe até hoje aulas de atuação para animais. Eles só precisavam ser bem adestrados, fofinhos, e mais nada. O filme andaria pelas próprias pernas se a mensagem simplesmente fosse entregue. O que os espectadores reclamões não perceberam é que a nova versão de O Rei Leão só não foi filmada com animais de verdade porque desse modo a produção seria enviável. O que importa é que tudo ficou bem encantador e próximo do real, como torcíamos para que ficasse, pois de animação mesmo a de 94 já bastava. Os que não gostaram que vão atrás das sequências, do segundo e do terceiro filme, que imagino que nem sabiam que existiam. As crianças e os adultos que já curtiram o original, sem dúvida não encontraram razão para reclamar, só mesmo os espectadores Nutella por aí. 

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