Hoje
em dia já temos MK XL, provavelmente a franquia está longe de acabar e
honestamente deixei de acompanhar/ jogar já em sua quarta edição, para PS one.
O gráfico não era nada disso que vemos hoje em dia, jogando hoje percebemos o
quanto os bonecos são quadriculados e o gráfico é feio, mas para a época era
uma coisa surpreendente. Street Fighter também é um jogo que não para de se
reciclar, já não é ´´II`` há tempos, porém foi com essa numeração que o jogo
tornou-se mundialmente conhecido, e imagino que até hoje essa versão é a
melhor. Não desejo ver ou jogar as versões atuais para fazer as devidas
comparações entre as duas franquias de jogos de luta, para mim a briga toda
ainda vem dos tempos de moleque, onde só as versões de 16 bits eram top de
linha, com gostinho de novidade. E a briga nunca chegou a uma conclusão
verdadeira, embora eu tivesse minha preferência.
Street
Fighter II basicamente reinventou os jogos de luta, e depois dele vieram outros
tentando copiar sua fórmula, mas a primeira a vir, e que até hoje parece ser a
mais original de todas por seus gráficos digitalizados, clima sombrio,
violência e criaturas ficcionais, foi MK, que na verdade não costuma mais
deixar escapar por aí que SF foi o empurrão de sua carreira, e sim PIT Fighter,
que tinha um conceito de design parecido, mas enfim, era impossível nos arcades
nos anos de 92, 93, não compararem o recém lançado jogo da Acclaim com o soberano da Capcom.
Lembro que era considerado como Street Fighter com fatalities. Já na época,
nunca achei que MK viesse para substituir SF na preferência por esse estilo de
jogo, lembro que não achava nem melhor nem pior. MK tinha toda aquela censura
por cima e aquele clima de ´´proibidão``, mas a jogabilidade era bem mais
engessada. Se no concorrente as características dos personagens eram mais
ricas, a jogabilidade mais variada, cada qual com seu estilo de luta e
movimentos, uns mais leves, outros mais ágeis, a diferença trabalhada entre os
golpes, em MK os lutadores tinham praticamente os mesmos golpes (!), com
exceção dos golpes especiais. Quase não há diferença entre a agilidade e a
movimentação dos personagens, o alcance de seus golpes, se tiver alguma coisa
que distingue entre eles, é muito pouca coisa, e todos tem aquele gancho
(upercute), o que me irritava um pouco, pois diminuía um pouco a graça da
escolha de seu lutador já que o estilo de luta acabava sendo o mesmo. Os
personagens, aliás, obedeciam um padrão corporal, não existiam personagens
gordos e mais fortes, com exceção de Goro, e isso tem uma explicação, os atores
usados para a digitalização eram sempre os mesmos. Com o passar do tempo, fui
preferindo Street Fighter II mesmo. Eu podia jogá-lo por muito tempo sem
enjoar, o contrário do que acontecia com Mortal Kombat. Também incomodava o
fato dos cenários serem compartilhados, e sendo assim, eles podiam
perfeitamente serem apresentados de maneira aleatória, mas não era assim que
acontecia, eles obedeciam um modelo sequencial, e apesar de parecer pouca
coisa, ajudava a deixar o jogo enjoativo. Sem contar toda a problemática de seu
port para consoles domésticos, como falta de sangue, o código que era preciso
acessar para liberar esse recurso, e toda essa palhaçada. Ah, e o final dos
personagens eram praticamente iguais. E para falar a verdade, os personagens de
Street Fighter sempre me pareceram mais carismáticos. Tirando Liu Kang, Sonya
Blade (que só é uma gata, mais nada) e Rayden (que nunca decidiu, em outras
mídias, se deve lutar como qualquer outro personagem ou não), procurei e
procurei, mas não achei outro personagem interessante em todos os outros jogos
da série que merecesse protagonismo, ou que ao menos merecesse ter sua história
apresentada. Até teve um jogo ou outro de estilo diferente, mas o que os gamers
queriam mesmo é o jogo de luta um contra o outro, por isso o jogo Sub Zero
Mythologies e o jogo do Jax serem aquele flop que todo mundo conhece bem. Street
Fighter II, com seu design cartunesco, torna-se mais cheio de opções, e o
gráfico, apesar de tudo, não deve nada ao de seu rival. Os cenários são bem
elaborados, nada estáticos, os personagens não precisam obedecer a um padrão
humano de movimento, enfim, mais pontos positivos que negativos. MK só ganha em
questão de novidade com seus gráficos digitalizados, mas peca pela diversão e
jogabilidade, apesar da inserção de fatalities. Mais tarde vieram MK II e III,
e logo depois o Ultimate para aumentar a popularidade e enriquecer os elementos
da franquia, mas a mecânica continuava a mesma. SF II, por sua vez, também
ganhou versões mais turbinadas, como Champion edition, turbo e Super, e em
todas elas, ao meu ver, dava um banho na rival, mas faço questão de lembrar que
essa é apenas a minha opinião. Mas todos devem reconhecer que mesmo os mais
aficionados por MK sabem bem que a mecânica de luta dos personagens é sempre a
mesma.
Como
dito antes, uma avalanche de jogos de luta vieram depois, inclusive uma versão
de SF que tenta embarcar no estilo do jogo de luta da Acclaim, Street Figter –
The Movie, já falado nesse blog. E tirando Killer Instict, que para mim não
passa de uma tentativa flopada de copiar MK, nunca mais ouve um jogo de luta
com gráficos digitalizados de tamanha notoriedade. MK continua sendo o único
nesse quesito, assim como SF continua sendo o único a ocupar o patamar de
melhor jogo de luta de todos os tempos, é certo que muita gente compactua com
essa minha opinião. Note que não precisei enaltecer os pontos altos de Street
Fighter para mostrar o porquê de ele ser o melhor, apenas os negativos de
Mortal Kombat. Mas afinal, SF é SF.
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