sábado, 25 de maio de 2019

Exemplos inversos que a ficção nos ensina




A ficção, tal como na vida real, nem sempre é feita de bons exemplos. Mas podemos aprender inclusive com os exemplos maus, que acabam nos dando lições do que não deve ser feito, ou seja, os considerados ´´exemplos a não seguir``. E de repente é até melhor nos depararmos com esses exemplos o quanto antes, do contrário, se não tivéssemos conhecimento deles, poderíamos estar cometendo deliberadamente esses erros por aí, sem ninguém nos avisar de que é certo ou não, e assim temos a chance de nos corrigirmos a tempo de evitar algumas injustiças.

Um desses exemplos que aprendi na ficção é que os vilões não tem amigos. Sim, é verdade, os bandidos dos filmes e de toda forma de dramaturgia é solitário, individualista, não tem apego com ninguém, seja com a família ou com pessoas próximas. E é exatamente por esse caráter frio e antissocial que ele é considerado um cara ´´do mal``. É claro que nem sempre o vilão age sozinho, na maioria das vezes ele é pertencente de uma equipe, de um ´´império do mal``, mas engana-se aquele que acha que entre seus colegas do time de vilões existe a mesma sinergia que a equipe do time dos heróis. Não há companheirismo, apatia, espírito de equipe e muito menos o ideal ´´Um por todos e todos por um``. Os vilões se juntam porque têm um interesse em comum, a destruição dos mocinhos ou o domínio de alguma coisa, e isso pode ser inclusive mediante ameaças e chantagens. Provavelmente eles se divergem quanto à liderança, o líder é respeitado por ser o mais forte, e na primeira chance que um tiver de puxar o tapete do outro, mesmo que isso possa prejudicar gravemente ou mesmo custar a vida de seu colega, ele não exitará em fazê-lo, pois para o vilão o que importa é ele mesmo, sua conquista pessoal, todos os méritos para si e a sensação de todo poder conquistado. 

Os mocinhos também podem brigar entre eles, passarem por conflitos internos pessoais, mas no final prevalece a lição de amizade, trabalho em equipe e todos aprendem a aceitar as diferenças um do outro, a importância do convívio social e a descoberta de que a união vale a pena. 

E esse exemplo podemos levar para a vida real. A TV, o cinema e a literatura já nos mostra que a falta de união, o individualismo e o egoísmo são características próprias de personagens negativos, que sempre perdem no final. Para se prosperar é preciso união, tolerância, empatia e espírito de equipe. As pessoas não podem ser uma ilha, nenhum herói começa sozinho e termina sozinho. As conquistas precisam ser compartilhadas. 

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