segunda-feira, 12 de agosto de 2019

RAMBO: A FORÇA DA LIBERDADE - Viva as animações dos anos 80

Imagem relacionada


Sem dúvida os desenhos antigos são melhores que os atuais, e isso não tem nada a ver com o fato de já estarmos bem velhinhos e perdendo o interesse pela coisa. É só assistir novamente, dessa vez com olhar mais crítico, os clássicos das animações dos anos 80, 90, e, dependendo, indo mais longe ainda, para percebermos o quanto as histórias, as técnicas de animação, os personagens e os roteiros são ricos. Hoje em dia, as produções todas feitas em computação gráfica, vetor, técnicas em 3D e de custo bem mais baixo, podem até ter a chance de serem produzidas em maior quantidade e de poder arriscar, mas no geral acabam sendo direcionadas em sua maioria para um público mais infantil, pastiche do pastiche, sem criatividade e sem coragem de ousar. E ainda temos aí o politicamente correto, tudo precisa ser bem fofinho e educativo, é outra geração, mais sensível e menos corajosa. E foi com imensa saudade dos desenhos antigos, desses que não se importavam em mostrar para os meninos como um macho de verdade deve se comportar e enfrentar seus problemas, que passei a rever a série animada do Rambo produzida em 86 e exibida aqui no Xou da Xuxa, ainda no finzinho dos anos 80. Já pensava em matar a saudade do clássico há um certo tempo, mas só agora, com a perspectiva de um novo filme do Rambo depois de tanto tempo que desencanamos do personagem, que me bateu enfim a iniciativa de garimpar esses episódios pela Internet afora, e o que posso dizer agora não é diferente do que já imaginava; é um desenho muito bom! Aliás, bom não, excelente, como poucos foram feitos. Do meu tempo de criança, embora lembre da animação, das festinhas de aniversário com o tema dos personagens, das brincadeiras da escola e de alguns brinquedos da coleção que vim a ter, pouca coisa me lembrava da série animada, mas também pudera, eu era muito pequeno quando o desenho estava no auge. Mas o roteiro, para uma criança, é trabalhado a tal ponto que acaba mesmo sendo mais sugestivo à uma audiência mais velha, como era costume das animações dos anos 80. Os pequenos se contentavam com as cenas de ação, que não eram poucas, como tiroteio, explosões, sequencias de perseguição de automóveis e aeronaves, inclusive muita briga e violência. Hoje em dia com certeza o desenho seria inviabilizado a se destinar ao público infantil, e por isso a animação se torna tão interessante para mim. Sem esquecer a trilha sonora, que é belíssima e emocionante.
A animação é bem fiel aos filmes que fizeram bastante sucesso na época, estando em sua primeira sequencia até aquele momento. O personagem principal podemos dizer que é a versão em desenho do próprio Stallone na pele do ex-boina verde, e na história podemos encontrar outros personagens que integraram os filmes, como o Coronel Trautman. Claro que tem alguns outros acrescentados para enriquecer o universo da história, alguns bem fantasiosos, outros amigos, aliados, e equipe de vilões bastante criativa, mas mesmo assim está de acordo com o que podia se esperar de histórias envolvendo militares, guerras e espionagem. Talvez Rambo: A Força da Liberdade fique pau a pau no quesito ´´melhor desenho de soldado dos anos 80`` com G.I Joe. Nos Estados Unidos existem outras adaptações animadas de filmes que na verdade não têm muita coisa de tão infantis, mas grande parte ficou por lá, tivemos a sorte de poder ter contato com Rambo em uma adaptação bem fiel às origens e com personagens tão criativos que nos fazem passar a gostar tanto deles quanto do herói principal, uma grande sacada dos produtores.   
Teve apenas uma temporada e poucos episódios para que pudesse considerar a série animada um sucesso, mas até hoje é lembrada por muitos que viveram os anos 80 e por isso é fácil de encontrar episódios em sites de compartilhamento de vídeo. De fato, é uma série bem difícil de ser esquecida. Ainda estou no sexto episódio, e torço para que consiga encontrar todos e acompanhar até o final. Muito obrigado a quem postou!

Nenhum comentário:

Postar um comentário