quarta-feira, 1 de março de 2017

Uchuu Sentai Kyuuranger - Será que agora vai?




Acho que chegou a hora de dar minha opinião sobre o mais novo Super Sentai. Não consegui assistir Ninninger além do décimo episódio, e cheguei até o episódio 21 de Zyuohger, perdendo de vez o interesse. Este último, para sua sorte ou azar, não despertou interesse nem da Saban, que decidiu não adaptá-lo para Power Rangers. Parece que a falta de criatividade andou predominando os estúdios da Toei Company nos últimos anos, e a falta de bom senso também. Sabemos que as séries são voltadas para as crianças, mas sinto que nos anos 80/ 90 os roteiros eram bem mais interessantes. Suas produções eram infantis sim, mas um infantil levado a sério, o que vemos nos Sentais atuais é mais bizarrice e comédia do que qualquer outra coisa. Tudo bem que tivesse um ou outro Sentai assim, até para dar uma variada de vez em quando e quebrar os padrões, mas um atrás do outro chega a ser sacanagem, dá pena ver desperdiçarem uniformes legais, vilões interessantes, equipamentos bem elaborados e efeitos especiais para roteiros dos tipos atuais. Em nosso tempo Goggle Five fazia o tipo engraçado, bizarro, mas os outros que passavam não. Tinha alguns episódios toscos, como por exemplo, A Fuga de Gyodai, dos Changeman, ou aquele do Ozora cantando desafinado, ou o episódio do monstro abóbora dos Flashman, fora isso as histórias não ofendiam o intelecto das crianças, tinha começo e meio bem desenvolvidos, um final cheio de mensagens positivas, tudo de acordo com a faixa etária a quem o produto se destinava. Quem diz que produções infantis podem ser babacas está totalmente equivocado, ao meu ver. Ainda em se tratando de Tokusatsu, Lion Man tinha um roteiro caprichado, Cybercop também, Metalder, isso sem contar Winspector e Solbrain, interessantíssimos se formos levar em conta que quem os consumia eram crianças. Parece que todo mundo acha que a próxima geração precisa ser de pessoas simplórias, e isso me incomoda. Bom, voltando ao Sentai em exibição, me parece que Kyuuranger vai ao menos dar uma estabilizada no negócio, o que estava precisando, já que as últimas séries não foram vistas com olhos admiradores. Inovaram bastante ao botar logo de cara nove heróis, que vão aparecendo aos poucos, e em cores não convencionais dos Super Sentais, mesclando personagens humanos com alienígenas e robôs, ideia até interessante, mas não tão nova, já que os próprios Zyuohgers não eram todos humanos. Eu estava mesmo com saudade de ver um ranger preto, e o fato de cada um ter seu tipo físico diferente, além de variação no próprio uniforme (o do azul, por exemplo, é de feltro), me agradou bastante. A verde é uma mulher, coisa recente que ainda não acostumamos (no filme dos Ninninger, aparece uma ranger verde). Pergunto a mim mesmo qual é o critério de escolha das cores em cada série Super Sentai, já que preto é uma cor que eu não via há tempos, e nunca vi uma equipe em que tenha um ranger verde e um branco, se alguém conhece, por favor, escreva nos comentários. Só acho que a equipe podia contar com mais membros femininos, ainda só temos duas garotas, além da verde temos a rosa, que é uma robô, e aparentemente a líder do grupo. O Red aqui tem se comportado como o Red ´´mobral`` que todos nós detestamos, aquele Red engraçadinho, tonto e sem o menor merecimento em ser o líder da equipe, se bem que no terceiro episódio ele deu uma melhorada mediando a paz entre os Kyuuranger e o ranger laranja escorpião, uma aparente ameaça.

O roteiro
O roteiro segue uma linha Star War, tão em voga hoje em dia por causa dos últimos filmes, uma temática espacial, o nome dos heróis baseados nas constelações tal como em Cavaleiros do Zodíaco, o que também ficou legal, pois não temos coisas do tipo em relação aos Super Sentais. Gostei do visual, das cores, o que deu um ar ´´Star Wars em sua versão infantil``, mas condizente com o estilo. Gostei das naves, dos mechas (afinal, a Toei nunca mandou mal em relação a isso), da maneira como aparecem os monstros, dos tradicionais ´´soldados`` que tem um bom destaque, diferente dos mau aproveitados Moebas do sentai anterior, das lutas armadas, dos lasers, de cada episódio ocorrer em um planeta diferente, o que torna a série interessante para a Saban aproveitá-la para a próxima série Power Ranger depois de Ninja Steel, inclusive dizem por aí que a própria Saban se intrometeu na concepção da série, o que acredito ser uma decisão acertada, pois a Toei andou muito mal ultimamente. Até mesmo a pegada meio vídeo game não me causou tanta rejeição. Se eu tenho alguma crítica a fazer é sobre o ritmo meio corrido em que as coisas acontecem, e a pouca participação dos vilões principais e explicações a respeito de suas motivações, mas nada que não possamos relevar e esperar com boa vontade o que os próximos capítulos tem a apresentar. Tem alguma ou outra bizarrice aqui e ali, mas... Vou dar uma chance a Kyuuranger e tentar assistir até o último episódio, já está no terceiro e até agora estou gostando. Tomara que melhore ainda mais e que esse Sentai salve o espírito há tanto perdido das séries da franquia. 

Um comentário:

  1. isso é injusto a zyohger foi um seriado muito bom me encantei e voltei a assistir super sentai

    ResponderExcluir